quarta-feira, 26 de maio de 2010

O que a relação Brasil - Irã tem a ver com o interesse nacional brasileiro ?


E O INTERESSE NACIONAL, ONDE ESTÁ?


O Governo Lula anunciou  a assinatura de um acordo entre o Brasil, a Turquia e o Irã a respeito do programa nuclear deste último país, pacto que teria como objetivo impedir que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aplique novas sanções contra aquela nação islâmica.

Como de conhecimento geral, o agastamento das potências nucleares, Estados Unidos à frente, com o Irã resultou da recusa deste em submeter as suas instalações nucleares à inspeção dos técnicos da Agência Internacional de Energia Atômica, despertando a suspeita de que a finalidade do programa nuclear iraniano não é pacífica, pois estaria o governo daquele país buscando condições tecnológicas para a produção da bomba atômica.

A ação brasileira vem sendo tratada apaixonadamente nos meios de divulgação, concentrando-se a discussão até agora essencialmente em dois pontos: primeiro,  se o acordo a que teriam chegado os três países é eficaz (como querem os signatários dele) ou não (como entendem os Estados Unidos e seus aliados no Conselho de Segurança); segundo, se a diplomacia brasileira agiu corretamente, ao tentar impedir novas sanções ao Irã mediante a costura desse ajuste.

Temos que o debate em curso está olvidando um ponto essencial:  qual é o interesse nacional brasileiro que leva a diplomacia do Governo Lula a esse arriscado movimento no intrincado tabuleiro da política internacional?  O que o Brasil como país está ganhando em intrometer-se num problema regional que ocorre a milhares de quilômetros de distância de suas fronteiras?

Esta questão crucial não está presente nos debates em curso.  E a razão é que, numa análise objetiva, a iniciativa governamental não guarda qualquer relação com os interesses do nosso País, seja do ponto de vista econômico, seja do ponto de vista político.  Basta examinar o peso das relações do Irã com o Brasil, num e noutro desses cenários, para perceber-se claramente que os laços que unem essas duas nações geográfica e culturalmente tão distantes são de tal forma tênues que não justificam o esforço diplomático feito pela Chancelaria tupiniquim para livrar o país dos aiatolás das sanções que lhe pode impor a ONU.

Dir-se-ia que o Brasil é um país de índole pacífica, estando inscritos na sua Constituição, como princípios, a autodeterminação dos povos, a não-intervenção nos assuntos internos das outras nações, a igualdade entre os Estados, a defesa da paz e a solução pacífica dos conflitos.  E isto justificaria o esforço feito para encontrar uma solução negociada do impasse entre as potências nucleares e o país surgido no território que outrora abrigou a velha Pérsia.

Todavia, a Constituição também diz que o Brasil deve repudiar o terrorismo e o racismo – traços que permeiam de modo indelével a política iraniana, para cujo presidente o holocausto do povo judeu promovido pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial sequer existiu.

Mas, voltando ao tema que estamos propondo introduzir no debate – qual o interesse nacional brasileiro que justifica essa ação diplomática do Governo Lula? – impõe-se ponderar que nenhum país realiza movimentos diplomáticos internacionais movido apenas por princípios que aprecia e respeita, sem considerar os seus próprios objetivos.

Em assim sendo, o que pode justificar ter o Brasil deliberadamente decidido confrontar os Estados Unidos – a que está ligado por  imensos interesses econômicos, por afinidades culturais e por uma longa história política – para colocar-se ao lado do Irã, com tão baixo nível de relacionamento conosco? O que pode ter levado o governo Lula a assumir o risco de ser visto a partir de agora com suspeitas, restrições e reservas pelas potências nucleares que apóiam mais sanções ao Irã?

O interesse nacional certamente não é.

Mas poderá ser o interesse subalterno de, com grande estardalhaço, criar um fato que manterá o Presidente Lula no noticiário político nacional e internacional de todos os meios de comunicação, o que sem dúvida lhe afaga a vaidade e contribui para a caça aos votos com que pretende eleger a sua sucessora (e, quiçá, vir a candidatar-se a Secretário Geral da ONU, já que para Papa lhe falta o requisito do sacerdócio).  Quanto ao interesse nacional, ora...

Luiz Rodrigues Corvo
São Paulo, 25/5/10.

sábado, 22 de maio de 2010

De estados unidos, só o nome


Sim, porque se fosse nos EUA, nego já teria tomado uma bela de uma multa por impedir que se passe pela calçada. Duas seguidinhas, na esquina com a Pe. João manoel. Dá para ver esta. A outra, está mais adiante, na frente da loja de vinhos.

domingo, 9 de maio de 2010

Tentando passar na al. tietê

Tive que pedir para ele desmontar o circo que montou. Ele me disse que eu passasse (vendo meu carrinho de bebê) pela rua. Quem é o palhaço? Confesso que não sei.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

De que serve a guia rebaixada se está inundada

Na esquina da alameda Tietê com a Augusta não dá para utilizar a guia rebaixada que vive inundada, mesmo em dia de sol. Vejam o reflexo do céu na poça...azul, azul. Mas a água tá lá.