Ontem, (6 dez) Fui no show do Idan Raichel. Pra quem não conhece, é uma banda israelense que une todas as culturas que existem e coexistem naquele país. Músicos de Marrocos, Uruguai, Etíopes, Georgianos, persas, israelenses, enfim, uma sonoridade fantástica, altamente visceral, contaminante e impossível de não dançar.
Bem, depois de uma hora sentada no teatro Abril, com minhas células arrepiadas se chacoalhando, sugeri ao meu marido que saíssemos da nossa cadeira e fôssemos para a parte de trás do teatro para dançarmos um pouco. Fomos. Chacoalhamos por 2 segundos, veio uma "segurança" e mandou a gente para pois estávamos atrapalhando 2 clientes que estavam sentados numa espécie de camarote (que era mais alto e eles podiam enxergar perfeitamente). Saímos dali e fomo para a lateral da poltronas, perto do palco, onde duas meninas que dançavam timidamente de pronto sorriram pra gente e disseram "é! vamos dançar! ânimo, gente!" num tom aliviado de encontrar mais gente dançando no meio de estátuas sentadas.
Não deu 2 minutos, um segurança encostou: você não pode dançar. Eu disse, sim eu posso. Você está atrapalhando a passagem. De quem? Estão todos sentados! É por segurança. Que risco eu apresento? Senhora vá para seu assento. Eu estou no meu assento. Sim, mas sente-se. Eu não pague 140 reais para ficar sentada no show do Idan Raichel. Outros 4 seguranças fizeram um círculo em volta de mim, me intimidando. Finalmente chegou a música lenta e eu sentei.
Depois no final, na última música, todo mundo levantou e mexeu timidamente seus joelhinhos pra cima e pra baixo, batendo palmas sem desencostar os cotovelos das costelas....
que diversão.
Da próxima vez que trouxerem um grupo com este estilo de música, que se apresentem no Ibirapuera, pelo amor de deus
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